Eu encontro na música uma ferramenta de produção e invenção e intervenção sobre as minhas relações

Em um contexto de acirradas disputas discursivas envolvendo questões de gênero/sexualidade, com destaque para a relação dessas temáticas com a Educação, chamamos a atenção para um fenômeno, ocorrido com bastante força nos últimos anos, de emergência de artistas que têm ocupado importantes espaços pú...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Fernandes, Nilson, Leal, Leandro
Publicado: 2019
Materias:
Acceso en línea:https://bdigital.uncu.edu.ar/fichas.php?idobjeto=12605
Descripción
Sumario:Em um contexto de acirradas disputas discursivas envolvendo questões de gênero/sexualidade, com destaque para a relação dessas temáticas com a Educação, chamamos a atenção para um fenômeno, ocorrido com bastante força nos últimos anos, de emergência de artistas que têm ocupado importantes espaços públicos e midiáticos, tensionando e problematizando os regimes de saber-poder sobre corpos/gêneros/sexualidades, questionando os lugares identitários e subjetividades colocadas pela heteronormatividade, pelo binarismo de gênero, pelas questões étnico-raciais. Nesse universo, nossa curiosidade é provocada pela potência TRANS-gressora da multiartista Linn da Quebrada e seu disco Pajubá, lançado em outubro de 2017. Linn, através de suas músicas e performances, e em especial de seu álbum autoral, faz da sua vida arte e, na e a partir da produção artística, escreve a si e sobre si, inventando outros possíveis em linguagens, modos de (r)existência, de (des)subjetivações. Assim, objetivamos situar Linn e seu Pajubá no contexto de emergência dessas estratégias políticas que se dão no campo da cultura, além de discutir como ela e suas produções se inscrevem no campo das pedagogias culturais e dos artivismos, disputando e prescrevendo sentidos outros de corporalidade, subjetivação e escrita de si. Para tanto, ao pensar sobre a intersecção entre arte, corpo, estética, ativismo, política e pedagogias culturais, numa perspectiva pós-estruturalista e pós-identitária, busca-se apoio nas provocações e ferramentas analíticas propostas por Michel Foucault, pelos Estudos Culturais e Estudos Queer, além de estabelecer aproximações com as pesquisas de/sobre artivismos.