De Amélia para Amélia

Outrora, as relações entre mãe e filha assumiam um viés comportamental distante das relações atuais. Lançar olhares para a cidade de Pelotas do final século XIX e início do século XX através das cartas enviadas da Baronesa Amélia para sua filha Amélia, é analisar como as relações entre mãe e filha c...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Medeiros, Talita
Publicado: 2019
Materias:
Acceso en línea:https://bdigital.uncu.edu.ar/fichas.php?idobjeto=12613
Descripción
Sumario:Outrora, as relações entre mãe e filha assumiam um viés comportamental distante das relações atuais. Lançar olhares para a cidade de Pelotas do final século XIX e início do século XX através das cartas enviadas da Baronesa Amélia para sua filha Amélia, é analisar como as relações entre mãe e filha configuravam-se em suas relações de poder, de construção e de representações de feminilidades. Desta forma, o presente trabalho, possui como iniciativa dialogar sobre quais eram os discursos de feminilidades transmitidos da Baronesa Amélia para sua filha. Essa discussão se propõe a analisar três esferas principais como corpo, gênero e representação que delimitada pela fonte, os anos de 1885 a 1917, contemplará discussões como: quais as transformações socioculturais que o Brasil vivenciava no século XIX para o XX que influenciaram nas construções dessas feminilidades? Quais as representações de feminilidades para uma elite tidas como recorrentes na sociedade da época? Ciente que a fonte nos trará apenas fragmentos de um social vivenciado pelas protagonistas, elencamos como proposta de análise teórico os estudos de Judith Butler através do livro Problemas de Gênero de 2003 e a análise metodológica destina-se a trabalhar a partir dos enunciados de Michel Foucault em seu livro Arqueologia do Saber de 2009. A partir do exposto, concluímos que a partir das cartas é possível acessar a fragmentos e vestígios de um social que com intensas mudanças transformou espaços, relações, a economia, a política, dentre tantas outras. Pesquisar os fragmentos deixados por essas cartas é compreender que as relações de poder e as subjetividades, permanentes nessas relações, configuram-se como atos históricos, sociais e culturais imanentes de cada época.